BEM (vem) VINDO





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sábado, 27 de novembro de 2010

seguindo gotas


Foi-se o tempo das tardes cheias e do sorriso fácil. Agora elas passavam quietas e vazias, passavam pelos corredores. As últimas gotas da chuva quente do verão caíam lá fora e pela janela eu via os prédios cheios do nada das segundas feiras. O mesmo nada das ruas tão cheias de gente, de lojas, de promoções, sacolas e sorvetes derretendo nas mãos cheias de pastas, papéis e suor. Era a pior das coisas, a melhor das coisas, enquanto todos se preocupam com a vida, as contas, os namorados que não amavam e o chefe que ligava cobrando o atraso, o tempo, a alma... eu me preocupava apenas em não perder as últimas gotas da chuva, o colorido raio de sol que atravessava o espelho, trazendo com ele todas as cores e a vontade de fechar os olhos e não mais ver. Estava cansada e com sono, foram longos dias e noites que não vi passar, mas que passaram por mim devastando e levando.

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