BEM (vem) VINDO





ENTRE SEM BATER, TIRE OS SAPATOS E TRAGA ALGUMAS MOEDAS



quarta-feira, 14 de setembro de 2011

ele não sabe das noites de choro, querida, tomei o cuidado de trancar as portas, soluçar baixo e ligar o chuveiro. ele não sabe das tardes de bebida gelada, a casa estava vazia. eu ficava vazia. ele ainda não sabe dos pecados. poupá-lo é minha única porta para o céu. meu travesseiro a noite. deixá-lo em paz é a maior das desculpas para todos os erros. não contei sobre as vezes que tentei tocar suas costas por baixo da coberta, tomada de súbito desejo. e também não comentei meu medo tão grande da perda. nem a coisa que me devorava e a infelicidade ao ver os outros tão felizes, esqueci de dizer que não era a melhor das pessoas. e hoje é só ele que me faz sentir em casa. e todos os meus futuros amores serão sombras bem desenhadas no retrato. e ele vai ser meu relicário. e eu serei história na roda de amigos, cartas relidas na velhice, ciúmes bobo de futuras moças bobas...

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