BEM (vem) VINDO





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sábado, 27 de novembro de 2010

doce



Deve ser coisa de mulher. Corpo frágil e alma densa.
Mas gosto de coisas doces. Bebida quente e doce como a cerveja escura esquecida no copo, o martíni e o gim, que já não é tão doce. O vinho branco que se esquece o número de taças, o gozo doce que tão caro vai custar pela manhã. Deve ser coisa de mulher, mas como é bom a água morna que desce pelo corpo, sem queimar ou fazer-se sentir. Deve também ser coisa de mulher essa coisa de sentir tudo, cada vento frio ou beijo quente, faz-se sentir cada olhar triste ou mão forte. As coisas fortes são tão bonitas, então por que raios acho lindas as mulheres. Deve ser coisa de mulher. E também isso de esperar e ver beleza na espera. Na entrega e na cara levada ao chão. Ver a lua surgir cheia e sentir como se saísse de dentro, parte de tudo, árvore chão e também daquele que te sangrou o sangue negro do desespero. Deve ser coisa de mulher isso de sentir-se parindo á todos, mãe de tudo, cuidadora de todas as coisas. De fechar janelas antes da chuva, plantar ervas na varanda e esperar a primeira brisa do verão como remédio. É o que sana, essa coisa de mulher, é insana, isso de ser.

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