Lembro das pequenas e
grandes mãos de meu pai. De seus olhos castanhos cor de terra boa. De
sua voz de se ouvir nos dias bons e ruins. lembro do meu pai. Pose de
espera, sempre fazendo algo e verdade imensa no rosto. Sua terrível
tristeza com as tristezas da vida. Sua fuga na alegria de existir. Seu
maravilhoso jeito de existir. O odiei em dias sem ódio. O amei em dias
odiosos. O escutei no vazio de minhas derrotas e na grande alegria de
minhas vitórias. Lembro de meu pai e seus bons discos, bom gosto, boa
sorte e infinita seja lá o que for que tem os pais. De suas péssimas
músicas de botequim, de suas adoráveis músicas de botequim, mal gosto
para grandes casacos, má sorte para alguns negócios e riso fácil e nem
tão fácil. Quando perguntarem, será lindo dizer, sim, esse é meu pai. sempre.
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obrigada por me ler. SEJA SEMPRE.