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sábado, 27 de novembro de 2010

meu pai

Lembro das pequenas e grandes mãos de meu pai. De seus olhos castanhos cor de terra boa. De sua voz de se ouvir nos dias bons e ruins. lembro do meu pai. Pose de espera, sempre fazendo algo e verdade imensa no rosto. Sua terrível tristeza com as tristezas da vida. Sua fuga na alegria de existir. Seu maravilhoso jeito de existir. O odiei em dias sem ódio. O amei em dias odiosos. O escutei no vazio de minhas derrotas e na grande alegria de minhas vitórias. Lembro de meu pai e seus bons discos, bom gosto, boa sorte e infinita seja lá o que for que tem os pais. De suas péssimas músicas de botequim, de suas adoráveis músicas de botequim, mal gosto para grandes casacos, má sorte para alguns negócios e riso fácil e nem tão fácil. Quando perguntarem, será lindo dizer, sim, esse é meu pai. sempre.


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