lembro que desejei forte encontrar a paz.
que nossas ruas são as mesmas.
que ele tem um novo corte de cabelo e eu não vi.
e agora ninguém tira o pó dos vinis.
ou me chama de coisas pequenas.
me enche de amor tão grande que dói.
que passa café pra ser feliz.
que é feliz passando café.
que mé dói por ser bom.
e me diz que tudo vai dar certo enquanto digo que nada em mim é certo.
enquanto eu choro no banheiro ou tomo minha cerveja como uma dama em um caminhão.
quando sou pequena e ocupo todo o espaço do mundo.
ele é tão pequeno na cama grande e sofro em pensá-lo com outra.
e desejo ver a outra costurando felicidade em suas sombras
e choro sozinha quando sofro a falta que ele me faz.
e me choro quando lembro dos dias ordinários.
estou fugindo e caio.como quando nos conhecemos
e me escondi nele.
hoje vou andar na chuva, assim ninguém olha meu rosto e há desculpa para a dor.
Pois andando na chuva achará muitas respostas aos seus problemas.
ResponderExcluirMolhe-se! Molhe-se até os ossos ficarem ímidos e toda calmaria voltará.
A NATUREZA é a melhor companhia, às vezes.
Abraços
Gosto tanto, tanto dos seus textos! Me surpreendo com eles. As palavras soam com tanta leveza e naturalidade, sem esforço, ainda que carreguem um peso enorme. Como de costume, adorei. :D
ResponderExcluirP.s:Alterei o endereço do blog para http://cartasecafe.blogspot.com Estou avisando porque percebi que as visitas diminuíram significativamente desde a mudança pq ele não aparece mais nas atualizações. Seria um prazer receber novamente sua visita. :) Obrigada.
Como sempre, LINDO E PROFUNDO.
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