única

Voltei ás sombras da noite que me receberam de braços abertos, com afagos e seu sopro morno sentido nas orelhas e olhos. Quase disse: boa noite, Noite! Delícia isso de te fazer parte. Como uma gangue esperavam, sem nada marcar, na esquina conhecida-desconhecida perto de casa. Quando saio assim, os menos vão dormir. Sou a única sem salto, que olha para a lua, que esperam e procuram. É bom ser única. Vistam-se meninas, para aqueles que sem acariciar a face rasgam vestidos caros, rasgam carnes baratas. Caras carnes baratas. É bom fazer de conta que estou de volta. Até realmente estar entre os bichos da noite, achando engraçado quem se aventura.